12 de junho de 2010

O copo d'água!

E no meio da noite ele acordou, era aproximadamente 3h23 da manhã de sábado, não havia sonhado com nada para tira-lo de seu sono, não havia nenhum pesar em sua cabeça, apenas despertou. Ao se levantar notou que fazia um frio estranhamente sereno, o mais estranho foi a sede que o garoto sentiu, foi caminhando lentamente até a cozinha escura, tocando lentamente a parede pois não desejava acordar ninguém, com o seu caminhar lento, suas pupilas foram dilatando e agora já podia enxergar no escuro, notou como era estranho a visão de um lugar tão comum a ele, mais que nesse instante sofria uma limitação, a luz.
Apanhou um copo e o encheu lentamente de água, o barulho da água caindo no copo lhe lembrou cachoeiras da cidade do interior de onde veio, e por um instante se sentiu lá novamente, em sua infância, pois era uma cidade que fazia tanto frio quanto essa noite.
Tomou lentamente o copo d'água e sentiu segundos depois a água dentro de seu corpo, passando pelo seu pescoço e descendo até o peito, um frio interno que quase igualava ao frio que seu corpo sentia, ao colocar o copo sobre a pia, parou por alguns instantes e em nada pensou, respirou fundo e com os mesmos passos lentos foi retornando ao seu quarto, mais agora não mais apalpando as paredes pois seus olhos já estavam acostumados com a falta de luz.
Ao se deitar, tentou pensar em algo e nesse instante só lhe veio a lembrança de um sorriso, e retribuindo esse sorriso dormiu, sabendo que um dia ela sorrira pra ele.

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