1 de abril de 2012

Deixar para trás

Em nossas vidas, somos obrigados a sempre deixar algo para trás, esse rito de passagem ininterrupto chamado tempo nos obriga a tomar decisões sem volta, escrevemos uma história a caneta e não temos  opção nem ao menos de ler o que foi escrito, pois a mão não pode parar.
E nessa jornada contínua somos obrigados a deixar coisas para trás, muitas vezes coisas irrelevantes que não nos fazem falta no momento mas que um dia poderiam ser a peça que falta de um quebra-cabeças.
O monótono nessas situações, é saber que mesmo sem todas as peças a vida continua e não completar alguns quebra-cabeças pelo caminho não vai fazer muita diferença no final.
Mas somos seres angustiados, gostamos de fazer tudo certo, muitas vezes um paço além do necessário nos incomoda por muito e muito tempo.
E nessa escrita estranha onde apenas seguimos em frente, as vezes nos deparamos com o passado, bem presente em nosso dia-a-dia como se sempre estivesse lá, e aquela sensação de que "eu já sabia que isso seria assim" vem a cabeça tentando fazer de você um vidente, ou talvez o dono do seu destino, quando no fundo, independente de que caminho seguisse, ou de como o passado voltaria ao presente, essas sensação sempre faria parte de suas deduções, pois o futuro nada é sem a referência de um passado.
Somos seres crentes, precisamos ter certezas para continuar seguindo em frente, e é justamente essa certeza que criam laços afetivos, somo dependentes e a palavra liberdade vista nesse sentido passa a não ter um sentido tão forte e puro, mas isso também não importa quando é exatamente o oposto que buscamos.
E talvez seja por isso ou não, que independente do que aconteça, nunca é possível simplesmente deixar para trás.

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