Todo dia de manhã o passarinha cantava para aquela janela branca que ficava em frente a sua árvore favorita, ele espiava por entre os vidros esperando a dona da janela aparecer, e como era de rotina, ela sempre aparecia linda e lhe dava um bom dia seguido de um sorriso.
No outro dia de manhã sempre na mesma hora, ele iniciava sua cantarola, cada piu ou assubiu, era um afago seu para a dona daquele sorriso, e seu dia só seria completo se sempre começasse daquela maneira.
E assim foi por dias, semanas ou anos, o passarinho não sabia quanto tempo se passara, mais sempre continuava a cantar porque disso dependia a felicidade dos seus dias, daquele sorriso dependia sua motivação.
Mais um dia a dona do sorriso não apareceu, e seus sorrisos começaram a ficar cada vez mais raros, o passarinho não entendia, queria saber se havia feito algo, ou se ela não gostava mais de seus cantos, e ele se culpou, se sentia triste, desmotivado, mais mesmo assim continuava a cantar, todos os dias, como sempre fazia.
Até que um dia ele viu uma outra janela que não estava fechada, e um novo sorriso se abria para o dia, então ele voou para lá, e começou a cantar e o sorriso se direcionou a ele. Então sua rotina havia mudado, agora ele voava todas as manhãs para uma nova janela, onde seus cantos eram recompensados e o seu dia ficava completo e o passarinho se sentira feliz outra vez.
Uma bela manhã, ao acordar a dona da antiga janela a abre e não vê o passarinho, ela se pergunta o que terá acontecido para o passarinho para de cantar para ela, ela se lembra das manhãs que ouvira seu canto mais não quis se levantar da cama para vê-lo, ela fecha a janela e vai para sua rotina diária, que agora não é mais tão bela.
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